quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Protocolo de Manchester é contestado em Joinville


Depois de fazer uma visita ao Hospital Materno Infantil e encontrar problemas enfrentados por pacientes que procuram atendimento no pronto-socorro, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (CDH-OAB) Joinville concluiu ontem um relatório, que será entregue pelo presidente da OAB, Miguel Teixeira, ao Ministério Público e às secretarias de Saúde do Município e do Estado na próxima segunda-feira.

O documento recomenda ações imediatas para solucionar problemas evidenciados pela CDH, como o número insuficiente de médicos (dois clínicos pediatras por plantão) para atender à demanda do pronto-socorro e o risco a que os pacientes estão sujeitos pelo fato de a triagem do Protocolo de Manchester ser feita por enfermeiros.

“Isso coloca a integridade do paciente em risco”, afirma a presidente da CDH, Cynthia da Luz. “Recomendamos que a triagem seja realizada por médicos.”

O hospital, que é administrado por uma organização social e mantido pelo Estado, disse à comissão que está com o quadro de profissionais preenchido.

“A terceirização acaba dificultando investimentos públicos em um serviço que é de responsabilidade do Estado”, diz Cynthia.

Ela propõe a Secretaria Municipal de Saúde também contribua com recursos para a manutenção do Hospital Infantil, já que a unidade absorve boa parte dos atendimentos que deveria ser realizado pelo município. Segundo o hospital, o Protocolo prevê que a triagem seja feita por um enfermeiro. A direção também questiona o que seria considerado horário de pico, já que o CDH pede mais médicos nesses horários.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Joinville também se posicionou contrário à realização da triagem por enfermeiros e fez uma consulta formal ao Conselho Federal de Medicina, questionando a adoção do Protocolo de Manchester.

“Não somos contrários a uma classificação de necessidade, mas é importante que os sintomas sejam avaliados por um médico”, enfatiza o presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina e vice-presidente do CRM em Joinville, Ricardo Polli. “O enfermeiro pode auxiliar, dentro da área de atuação, mas é o médico quem responde pela avaliação do paciente.”

A expectativa, segundo Polli, é de que o conselho nacional reconheça que a triagem é um ato médico e não de enfermagem. “A partir dessa posição oficial, vamos chamar os diretores dos hospitais e mostrar que os médicos que atuam nos pronto-socorros e mantiverem esse atendimento também estarão sujeitos a processos administrativos e éticos, por estar submetendo pacientes a algum tipo de risco.”


fonte: ClicRBS.

2 comentários:

  1. Primeiramente gostaria de sugerir que o senhor Ricardo Polli antes de fazer um comentário absurdo desse buscasse atualizar-se no Ministério da saúde sobre o que é Classificação de risco e quem está apto a realizá-la.
    Triagem e classificação de risco são coisas diferentes.

    ResponderExcluir
  2. Eu precisei de atendimento no hospital infantil apos ser consultada no pa norte, cheguei no hospital em torde de 11:30 da manha, sai do hospital sem atendimento por volta das 16:40hs, pois disseram-me que eu nao seria nem atendida naquele dia pois meu filho estava apenas com uma irritação nos olhos e eles teriam que ligar pra um oftalmo, pois nao havia nem um no momento e alem do mais tem outras crianças chegando naquele momento com febre e que seria atendidas antes do meu filho, que absurdo, e eu so fiquei sabendo que nao seria atendida pois depois de horas esperando e ouvindo meu filho dizer que esta com muita fome,bati na porta e perguntei ai etrei na salinha e ai foi onde eu fiquei sabendo que nao seria atendido, o conselho que a enfermeira e o enfermeiro que estava na sala, foi que eu deveria passar numa farmacia e comprar um colirio e passar nos olhos do meu filho, pois bem entao nao precisamos mais desse tipo de atendimento, vamos pra farmacia que lá sim tera alguem pra lhe medicar...absurdo, mas fazer o que esse é o nosso país...nossos impostos...OBRIGADA PROTOCOLO DE MANCHESTER...Boa porcaria!

    ResponderExcluir